Matança em 2017

A guerra de facções nos bairros de Fortaleza transformaram a Capital em zona de guerra

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O cruel assassinato do travesti “Dandara” foi um dos crimes de repercussão no Ceará em 2017

O Ceará terminou o ano de 2017 com um número recorde histórico da violência armada. Nada menos, que 5.131 pessoas foram assassinadas  em 12 meses, o que representa uma média de 14 homicídios por dia. Os Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), tiveram um aumento galopante da ordem de 50,6 por cento em relação ao ano passado, quando fora  registrados 3.407 mortes, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Os números são ainda parciais e obtidos em pesquisa própria do blogdofernandoribeiro.com.br com base no acompanhamento diário dos registros dos órgãos da segurança Pública em todo o estado.

O mês de novembro de 2017 representou o período mais crítico da matança de pessoas no estado, quando foram praticados 573 assassinatos. Já o que apresentou o índice mais baixo foi fevereiro, com 269 casos.

A “guerra” entre duas facções criminosas rivais turbinou os números dos CVLIs no Ceará, principalmente na Capital e Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Juntas, as duas regiões territoriais  acumularam, nada menos, que 3.264 homicídios, latrocínios e lesões corporais que resultaram em óbito. Foram 1.979 na Capital e mais 1.285 na RMF.

Já o Interior do Estado, dividido em termos estatísticos, em duas regiões (Norte e Sul), registrou um total de 1.867 assassinatos. A maioria ocorreu na região Sul.

Capital

Fortaleza ganhou disparado das demais regiões no ranking da violência. Foram cerca  de 1.979 pessoas mortas nas ruas, avenidas, becos e favelas da cidade, numa média de 165 casos por mês  ou cinco por dia.

Já na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), os índices demonstraram uma média de 107 homicídios/mês. Os Municípios mais violentos foram Caucaia, Maracanaú, Pacajus, Horizonte e Itaitinga.

Mais números

O ano terminou, ainda, com o total de 29 agentes da Segurança Pública assassinados, sendo 21 policiais militares (PMs), seis guardas municipais, um policial civil (inspetor) e um bombeiro militar.

Também foram registrados, em 2017, nada menos, que 348 assassinatos de mulheres, contra 210 casos em 2016, um aumento da ordem de 65,7 por cento. Com informações Fernando Ribeiro.