Kelly foi morta após combinar carona através de WhatsApp (Foto Reprodução / Facebook)
Kelly foi morta após combinar carona através de WhatsApp (Foto Reprodução / Facebook)

A jovem que morreu após oferecer uma carona por WhatsApp teve os braços amarrados por uma corda e foi arrastada. A informação foi repassada pelo acusado de roubar e matar a radiologista Kelly Cristina Cadamuro, 22 anos, Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos. O depoimento foi colhido nessa sexta-feira, 3, pela Polícia Civil de Frutal (MG). Ele deve ser ouvido na próxima semana. O inquérito sobre o caso tem até 30 dias para ser concluído.

De acordo com informações do portal de notícias G1, no relato, o homem disse ter amarrado a vítima após desacordá-la e, apesar de o corpo de Kelly ter sido encontrado seminu, afirmou não ter cometido abuso sexual. Dos três detidos ainda durante a noite da última quinta-feira, 2, no interior de São Paulo, Prado foi o único levado para Frutal, onde as investigações sobre o crime são conduzidas. Ele foi identificado como sendo o passageiro para quem ela forneceu carona.

Conforme o delegado regional Cézar Felipe Colombari da Silva, o homem confessou ter agredido a radiologista e explicou que a jovem ficou seminua porque a calça saiu das pernas enquanto ele a arrastava para o córrego. A calça foi encontrada pela polícia a 3 Km do corpo. A declaração de óbito apontou que ela morreu em decorrência de asfixia e estrangulamento.

“Ele admitiu ter feito uso do WhatsApp para armar o crime. Após marcar a viagem, ele esperou chegar até um trecho sem movimento da rodovia para pedir que ela parasse o carro para ele urinar”, explicou o delegado. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o acusado relatou que, após a vítima estacionar o carro na estrada, ele começou a dar socos no rosto dela.

A Polícia Civil informou ainda que Jonathan Pereira do Prado citou várias vezes durante o depoimento que não tentou abusar sexualmente de Kelly. Um dos braços dele estava com marcas de arranhões. A reconstituição do crime é uma possibilidade analisada pela Polícia. O laudo de necropsia deve ficar pronto em até 10 dias.

A Polícia Civil de Rio Preto informou que Prado estava foragido desde março deste ano do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de São José do Rio Preto, quando foi beneficiado em uma saída temporária. Ele já responde por oito crimes: furto, roubo, estelionato, extorsão, ameaça, lesão corporal, apropriação e uso de moeda falsa.