Os criminosos se passavam por desembargadores para roubar dinheiro das mais de mil vítimas e justificava que o contato era somente por telefone por conta da pandemia da Covid-19

Legenda: Polícia Civil cumpre mandados de prisão, busca e apreensão
Foto: Divulgação/Polícia Civil

De acordo com o delegado Matheus Zanatta, gerente da Polícia Especializada da Delegacia Geral de Polícia Civil do Piauí, a organização criminosa fez mais de mil vítimas, entre golpes consumados e tentativas.

Na primeira fase da operação, em março de 2020, as investigações policiais descobriram que a quadrilha foi montada na Grande Fortaleza. Os líderes do grupo residiam principalmente em Maracanaú, Guaiuba e Pacatuba.

A operação foi realizada em conjunto com a Polícia Civil do Piauí. Cerca de 50 policiais trabalharam na operação. Há indícios de crimes na Paraíba, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Nesta segunda fase estamos combatendo a coordenação dessa organização criminosa. Ou seja, quem ‘canta’ o golpe pelo telefone, quem coordena todo o golpe praticado por esses investigados”, afirmou o delegado Zanatta.

Uma residência localizada no Icaraí foi identificada como central de telefonia de onde partiam as ligações para as vítimas.

A Operação Precatório contou com o apoio da Delegacia Metropolitana de Maracanaú, além de equipes do 18º, 24º e 28º Distritos Policiais da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). No Piauí, a Gerência de Polícia Especializada da Delegacia Geral de Polícia Civil, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (DINT-SSP) participaram da operação.

O golpe por telefone 

Os integrantes do grupo se passavam por servidores públicos e ligavam para as vítimas avisando que teriam dinheiro de precatórios disponível. Em seguida, eles repassavam o contato de outro integrante do grupo, que se identificava como desembargador.

“Precatório é a forma que um ente público tem de realizar o pagamento devido ao autor de uma ação judicial. Os autores desses crimes verificavam no site dos tribunais a lista de cidadãos habilitados a receber precatório e então aplicavam uma engenharia social fazendo com que a vítima fizesse alguma espécie de pagamento prévio para então poder receber seus valores”, explicou o delegado Zanatta.

O falso desembargador cobrava dinheiro das vítimas, afirmando ser taxas cartorárias. Os criminosos usavam ainda a pandemia para justificar o contato somente através do telefone.

“A maioria das vítimas eram pessoas idosas e bastante vulneráveis, inclusive algumas declinaram que estavam em estado avançado de doenças degenerativas, como mal de Parkinson”, afirmou o delegado Yan Brainer

Fonte: Diário do Nordeste

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