A área da engenharia forense, ou engenharia legal, é uma área bastante abrangente dentro da perícia criminal. A aplicação do conhecimento das engenharias voltada às investigações criminais, colabora para elucidação de muitos crimes, desde casos de rupturas de estruturas e incêndios à análise de dispositivos móveis e seus sistemas eletrônicos. Em se tratando de dispositivos eletrônicos, a análise de máquinas de cartões, por exemplo, é capaz de detectar adulterações e fraudes.

Na Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), órgão vinculado à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o Núcleo de Perícia e Engenharia Legal e Meio Ambiente (Nupelm) é o laboratório que atende a uma variedade de casos que dependem de laudos técnicos para esclarecer como se deu determinada ocorrência, que necessite da análise de conhecimentos científicos e procedimentos que são próprios da engenharia. No caso das perícias em dispositivos eletrônicos, os peritos criminais com formação em engenharia eletrônica/elétrica utilizam equipamentos e ferramentas específicas para detectar possíveis anormalidades e adulterações nos componentes que compõem a sua estrutura.

Entre as perícias realizadas em dispositivos eletrônicos está o exame em equipamento conhecido popularmente como “maquineta de cartão”, utilizado para realização de transações comerciais ou bancárias, pois faz parte da prática do comércio e é utilizado para flexibilizar as formas de pagamento e operações bancárias. Conforme o perito criminal Fernando Viana, supervisor do Nupelm, este dispositivo pode também ser usado como uma ferramenta delituosa para clonagem de cartões. “Na maquineta, os criminosos adulteram os componentes eletrônicos internos do dispositivo e instalam mecanismos para clonar o cartão da vítima, utilizando-se de diferentes sistemas e ferramentas tecnológicas”, conta.

Para constatar tais adulterações, os peritos de engenharia verificam o sistema eletrônico da maquineta com o objetivo de averiguar a conformidade com o padrão original do fabricante e observar características que evidenciem a instalação criminosa de um sistema ou componentes eletrônicos suspeitos. Esse perícia é muito recorrente em crimes de estelionato.

Como prevenir fraudes

 

Apesar do número crescente de cartões com chip, que aumenta a margem de segurança para evitar esse tipo de crime, muitos usuários ainda podem cair no golpe da maquineta adulterada e terem os seus cartões de crédito ou débito clonados. Para evitar ou reduzir os problemas de uma clonagem de cartão, Fernando Viana dá dicas para evitar ou minimizar os danos caso a pessoa tenha o cartão clonado. “Ao digitar a senha, o usuário deve cobrir a região do teclado para evitar que alguém próximo esteja observando; ao inserir o cartão em uma máquina é importante manter o cartão sob o campo de visão. Se fazer compras virtuais, optar por acessar sites seguros e, de preferência, com cartão virtual”, explica. O perito orienta que outra importante medida a ser tomada, é solicitar a operadora do cartão que seja notificado para qualquer tipo de operação. “É interessante receber a notificação da movimentação e uso do cartão para compras, transferências, etc, deste modo o proprietário do cartão fica sabendo quando, onde e como o cartão foi utilizado. Se houver uma operação suspeita, o dono do cartão comunica de imediato à operadora e solicitar o bloqueio do cartão”, esclarece .

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