ato não se trata de um efeito adverso do imunizante, enfatizou a médica infectologista e diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes

Primeira vacinada na Bahia é internada com Covid-19 três dias antes de receber a segunda dose
Legenda: O quadro clínico dela é considerado estável e ela tomara a segunda dose quando a saúde estiver reestabelecida para que seja reforçada a proteção contra o vírus
Foto: Divulgação/Governo do Estado da Bahia

De acordo com a médica infectologosta e diretora geral do Couto Maia, Ceuci Nunes, a enfermeira sentiu sintomas da doença antes de receber a segunda dose, ou seja, ela não estava 100% protegida contra o novo coronavírus.

Produção de anticorpos

A médica explica que para que a vacinação atinja a eficácia máxima, é necessário que a pessoa receba as duas doses e respeite a chamada ‘janela imunológica’, que significa o período em que o organismo leva para produzir os anticorpos do imunizante.

“Não é à toa que a vacina são duas doses. Todas as vacinas, até o momento, a exigência é de duas doses. Exatamente porque na segunda dose se faz um reforço, aumenta a proteção. Claro que algumas pessoas já vão ter a proteção após a primeira dose, mas essa proteção pode não ser suficiente e a segunda dose é necessária”, explica Ceuci Nunes.

Vacinação em massa

Embora situações como a da enfermeira sejam pontuais, ainda não há vacina 100% eficaz contra o vírus que provoca a Covid-19, o que torna possível que a pessoa seja infectada pela doença mesmo depois de ter recebido o imunizante. Desta forma, de acordo com Ceuci Nunes, a vacinação em massa é a forma de conter a pandemia e evitar o surgimento de variantes ainda mais perigosas da enfermidade.

“Geralmente [a janela imunológica é de] no mínimo 15 dias. Para a vacina de Covid, a gente está falando de 20 dias depois da segunda dose, para você considerar que tem proteção. Mas é importante também a gente reafirmar que a gente não sabe se a vacina protege da infecção. Mesmo a pessoa vacinada, ela pode adquirir o vírus, não adoecer e transmitir. Isso é uma possibilidade que ainda não foi completamente afastada”, explica Ceuci Nunes.

Eficácia

O fato de a primeira vacinada na Bahia ter sido infectada pela Covid-19 gerou repercussão e questionamentos sobre a possibilidade de ela ter contraído a doença em razão do imunizante, o que está descartado. “Não se trata de um efeito adverso da vacina”, enfatizou Ceuci Nunes.

Maria Angélica recebeu a primeira dose da CoronaVac, que é feita em uma parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan. A eficácia geral é de 50,38%.

Medidas preventivas

Ceuci Nunes reforça a importância de as pessoas tomarem as duas doses e respeitarem as medidas preventivas mesmo depois de receberem o imunizante, até que 60% a 70% da população seja vacinada.

A médica infectologista informa que cada organismo reage de uma forma diferente e que algumas pessoas adquirem uma boa proteção ao tomar a primeira dose do imunizante.

“A única saída possível dessa pandemia é a gente utilizar a vacina. E não é porque uma pessoa teve após a primeira dose – claro que é uma pessoa que chamou atenção porque foi a primeira baiana a ser vacinada – que um número enorme de pessoas vão ter. Os casos são esporádicos, de pessoas que têm a doença mesmo após a primeira dose, que já dá um pouco de proteção”.

Fonte Diário do Nordeste


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