O quadro é mais favorável na região Norte do Estado, mas os reservatórios precisam, mais uma vez, de bons aportes na próxima quadra chuvosa (de fevereiro a maio) para garantir segurança hídrica

Legenda: O açude Banabuiú, o terceiro maior do Ceará, está com aporte de 12,02% de água
Foto: Honório Barbosa

Histórico

Ao fim da quadra chuvosa, em 31 de maio de 2020, o volume médio dos reservatórios era de 34,8%, o melhor dos últimos sete anos. Compare: 2019 (21,4%), 2018 (17,0%), 2017 (6,6%), 2016 (11,3%), 2015 (19,6%), 2014 (32,2%) e 2013 (46,6%). Em 31 de maio de 2012, o acumulado no Estado era de 64%.

Apesar de ter sido um período favorável, em 2020 “a distribuição das chuvas e os aportes nos reservatórios não foram homogêneos”, conforme observou o diretor de Operações da Cogerh, Bruno Rebouças.

“A região Norte está bem mais favorável porque chove lá com intensidade há dois anos, em relação à porção Centro-Sul do Estado”.

As quatro bacias hidrográficas com maiores aportes estão na região Norte: Acaraú (72,5%), Litoral (70,8%), Ibiapaba (68,4%) e Coreaú (67,2%). A situação mais crítica verifica-se no Médio Jaguaribe (10,7%) e no Banabuiú (11,0%).

Alerta

Os três maiores e estratégicos açudes do Ceará – Castanhão (11,19%), Orós (20,87%) e Banabuiú (12,02%) – revelam que o quadro ainda é de alerta e, segundo o secretário Executivo da Secretaria de Recursos Hídricos, Aderilo Alcântara, “exige dos consumidores o uso racional da água e necessidade de aporte com as chuvas deste ano novo”. Apesar de o cenário ainda preocupar, há um ano a situação dos três principais reservatórios era mais delicada, 2,79%, 5,21% e 6,19%, respectivamente.

Chuva e produção

O ano de 2020 também entra para a história por ter registrado o índice pluviométrico mais elevado desde 2009. De acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) foram observados, entre fevereiro e maio, ou seja, na quadra chuvosa passada, 730mm. A média histórica do Estado é de 695.8mm. Foi a primeira vez que as precipitações ficaram acima da média nesta década.

Aderilo Alcântara observa que as chuvas que banharam o Ceará no primeiro semestre de 2020 foram importantes para segurança do abastecimento hídrico e para a produção agrícola de grãos de sequeiro, que foi superior a 800 mil toneladas.

Culturas que estavam adormecidas foram reativadas na bacia do açude Orós, o segundo maior do Estado. “Voltamos a plantar arroz, que estava abandonado”, disse o agricultor José Bento Teixeira.

A pesca artesanal também foi retomada. Para o pescador Leandro Souza, o ano passado já foi bom porque o “Orós voltou a receber água e neste ano pode virar um mar de água doce com muito peixe. É isso que a gente espera”.

Fonte Diário do Nordeste

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