Após um trabalho minucioso para juntar todas as peças do quebra-cabeça, as equipes do DHPP conseguiram solucionar todo o caso

Caso elucidado. A 4ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esclareceu as circunstâncias da morte do coroinha Ronald Miguel Freitas de Oliveira, de 15 anos, fato ocorrido no dia 24 de novembro de 2019, no bairro Jacarecanga, na Área Integrada de Segurança 4 (AIS 4). A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) divulgou, nesta quinta-feira (2), os detalhes da investigação que resultou nas capturas de três pessoas suspeitas de envolvimento no homicídio. Dois adultos e um adolescente de 17 anos foram devidamente identificados durante o trabalho policial e respondem na Justiça pelo fato.

O titular do DHPP, delegado Leonardo Barreto, salientou o trabalho da equipe de investigação para desvendar o crime. “O DHPP da PCCE, mais uma vez, cumpre com maestria a sua missão constitucional de garantia do respeito aos direitos fundamentais do cidadão e contribui, de modo essencial, à promoção da justiça criminal relacionada aos crimes que afetam o maior bem o ser humano: a vida”, ressaltou. Sobre as apurações policiais que levaram à elucidação do caso, a presidente do inquérito policial e titular da 4ª Delegacia do DHPP, Patrícia Sena, destaca o andamento do caso. “Nosso trabalho foi desvendar toda a dinâmica do crime e apontar os responsáveis pelo ocorrido. Cumprimos nosso dever funcional com muita seriedade. Não à toa, os adultos já foram denunciados pelo Ministério Público e a Justiça já recebeu a denúncia. Um garoto que sonhava em ser padre, infelizmente, teve sua vida interrompida sem justificativa”.

Após um trabalho minucioso para juntar todas as peças do quebra-cabeça, as equipes do DHPP conseguiram elucidar todo o caso, com a reunião de provas que esclareceram a motivação e a identificação dos autores do delito. Pedro Henrique de Morais Pereira (27), conhecido como “Perneta” e com antecedentes criminais por roubo e tráfico de drogas; João Levi da Silva de Oliveira (23), com três passagens por roubo, e um adolescente de 17 anos, com atos infracionais análogos aos crimes de tráfico de drogas, lesão corporal, crime contra a administração pública, uso de documento falso e homicídio tentado e consumado.

Pedro Henrique, o primeiro a ter o mandado de prisão preventiva cumprido, estava preso por outro crime. Ele foi capturado pela Polícia Militar do Ceará (PMCE), com 55 gramas de cocaína e um revólver calibre 38 municiado, horas após o homicídio, a poucos metros do local onde Ronald morreu. O procedimento por tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo foi lavrado no 34º Distrito Policial. O mandado de prisão pela morte do coroinha, que foi representado pelo DHPP, foi cumprido, no mês seguinte, enquanto ele estava preso.

A arma apreendida com Pedro Henrique foi enviada para o Núcleo de Balística Forense (Nubaf) da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) para realização de exame de microcomparação balística. O confronto da microcomparação da arma com os projéteis retirados do corpo da vítima foi compatível, ou seja, os projéteis padrões do revólver apreendido percorreram o cano da mesma arma. O laudo pericial foi anexado aos autos da investigação e refutou a versão que Pedro Henrique deu em depoimento de que não teria participado do crime.

No último mês de abril, foi a vez de João Levi ter o mandado de prisão preventiva cumprido durante uma abordagem da Polícia Militar, na Capital. Já o adolescente teve o mandado de apreensão pela morte de Ronald cumprido, no último sábado (27), em uma unidade de saúde na Capital. Mesmo apresentando documentação falsa, o adolescente foi reconhecido e teve a identidade confirmada pelas forças policiais. Em razão do episódio, foi lavrado um ato infracional pelo uso do documento falso. Também foram cumpridos outros dois mandados judiciais que estavam pendentes em desfavor dele. Segundo as apurações policiais, o adolescente é apontado como autor dos disparos.

Conforme levantamentos feitos no curso das investigações, a Polícia Civil descobriu que o trio abordou a vítima na rua e pediu para acessar o celular dela alegando que o coroinha teria amizade com pessoas de um grupo criminoso. Após a consulta ao aparelho, dois deles saíram da presença da vítima, retornaram com uma arma e o adolescente atirou em Ronald, que não teve chance de defesa. Pelas circunstâncias apresentadas na ocorrência, o DHPP indiciou os adultos por homicídio qualificado por motivo fútil e por impossibilitar a defesa da vítima, além de integrar organização criminosa e corrupção de menores. O caso foi transferido para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), que representou pela apreensão do menor no ato infracional. Em depoimento aos policiais, ele confessou ser autor dos disparos.

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